terça-feira, 11 de maio de 2010

Porque não vacinar-se

Nas primeiras aulas de Microbiologia, uma das matérias básicas do curso de qualquer Faculdade de Medicina, aprende-se que a infecção resulta do desequilíbrio entre o poder infectante do agente invasor e as forças de defesa do hospedeiro. Os microrganismos estão continuamente, permanentemente, tentando formar colônias e se reproduzir em nosso corpo, alimentando-se de nossos fluidos e células como o boi comendo pasto. Muitos convivem conosco sem causar dano,outros nos fazem bem e outros causam doenças produzindo toxinas venenosas e invadindo células e tecidos.

Fala-se muito em “combate” ao agente invasor. E uma das “armas do arsenal terapêutico” são as vacinas. O que faz uma vacina? Fecha a porta para uma determinado agente invasor, ao induzir o corpo a criar anticorpos contra aquele micorganismo. Deste modo, as vacinas são específicas, para a gripe, coqueluche, difteria, tétano. Não existe uma vacina geral, uma pan vacina capaz de imunizar contra muitos agentes infecciosos ao mesmo tempo.

Vacinas podem ser úteis para grupos específicos de pessoas, aquelas com o sistema imunológico comprometido, os idosos, os desnutridos, os aidéticos, os transplantados, os bebês prematuros. Ainda assim, repito a ressalva de que vacinas são agentes imunizantes específicos, significando que muitas portas de entrada para as infecções continuarão abertas para os microrganismos a não ser que...

Fechemos todas as portas de entrada para as infecções. Para isto é necessário, é absolutamente indispensável, fortalecer as defesas do hospedeiro. Só e somente só assim é que se pode melhorar a saúde da população. Vacinas podem imunizar contra certas doenças, mas no geral não melhoram a saúde da população. E as pessoas que tomam vacina se crêem protegidas, ainda mais pelo Grande Irmão, o estado, que se preocupa conosco, que nos fornece vacinas grátis, que faz campanhas. O vírus H1N1 foi visto pelo governo como um aliado político na eleição presidencial, basta ver as sucessivas intervenções do nosso ministro da saúde na televisão.

O problema aqui é a o de orientação mental. Pensemos a questão de outro ponto de vista. O governo federal acaba de fundar a estatal Frutobras, que vai fornecer todos os incentivos possíveis para baratear o custo das frutas e verduras, tornando-as acessíveis à população em geral, em especial a de baixa renda. Nos rótulos das coisas de comer e beber dos supermercados haveria uma tarja preta indicando “Este produto não contém qualquer substância alimentícia”, com especial destaque para os refrigerantes. Campanhas seriam destinadas à mídia esclarecendo a melhor qualidade do arroz e da farinha de trigo integrais em relação aos seus congêneres refinados. Nas embalagens de açúcar branco haveria o alerta, “o uso excessivo deste produto pode causar diabetes”. As cantinas das escolas seriam controladas, impedindo que coisas nocivas fossem dadas às crianças. O estado pagaria merchandising nas novelas enaltecendo o uso de produtos naturais, na merenda escolar haveria sempre produtos frescos e de boa qualidade para as crianças. E muitos outros recursos visando melhora da saúde da população em geral, incluindo aí a importantíssima questão da consciência alimentar.

Ao contrário, o que se vê são hospitais, clínicas e postos de saúde cheios de gente doente. As farmácias dos hospitais são setores considerados muito mais importantes que suas cozinhas. E doenças que antes eram raras agora são comuns, doenças que não existiam surgiram e a medicina e a farmácia nessa corrida sempre atrás tentando acompanhar a progressão das enfermidades. Fala-se do aumento da expectativa de vida, o qual se deve muito mais ao saneamento básico (água tratada e rede de esgotos) do que a reais progressos da medicina ou da farmácia.

Quer vacinar-se? Cuide bem da sua alimentação, pare com isso de comer por prazer somente, só coma o que é saudável, mantenha o stress sob controle, procure ter contato com a natureza, enfim, cuide-se. O seu sistema imunológico terá capacidade de reagir imediatamente com força e de modo eficaz aumentando o número de leucócitos protetores e produzindo com rapidez os anticorpos necessários para impedir a infecção. As vacinas também não são tão inofensivas assim à saúde. Causam variadas reações porque são um choque ao sistema imunológico. As reações comuns são dores no local da aplicação, dores difusas, febre, mal estar, diarréia, reações alérgicas e às vezes a própria doença se manifesta.

A propósito, tenho dois filhos que hoje são adultos jovens. Não foram vacinados, não tiveram qualquer “virose de infância” nem as terão. Quando estavam com 9 e 7 anos, por dois dias conviveram com duas crianças, filhas de amigos em visita, que estavam com caxumba. Quatro dias após a visita tiveram uma febrezinha e referiram dor nas glândulas salivares. E só. Em três dias estavam sem sintomas. Para mim esta é a verdadeira vacina, cuidar do corpo físico, cuidar da mente, viver em harmonia. Nenhum vírus, nenhuma bactéria patogênica vai poder colonizar em nós. Sendo assim, não se vacine contra o H1N1.

Texto publicado Jornal Viva Bem
Maio/2010
por Dr Eduardo Navarro CREMERS 30558

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