segunda-feira, 23 de agosto de 2010

FLORAIS

Água pura da fonte e calor do sol. Esses são os componentes indispensáveis para o preparo das essências florais. A técnica é bastante simples, mas exige boa dose de empatia entre o pesquisador e a natureza.

Nas primeiras horas do dia, o pesquisador/sintonizador dirige-se ao campo ou lugar pré-determinado e, sob o céu ensolarado, ele colhe os melhores exemplares de uma mesma espécie de flor, colocando-as numa cuba de vidro, previamente esterilizada, com água pura da fonte, e deixa exposto por duas ou três horas à luz solar. O trabalho deve ser iniciado bem cedo, para que se colha junto com a flor, o orvalho da noite, e concluído até as 9/10 horas da manhã. Esta técnica é conhecida como método solar, uma das mais utilizadas no preparo das essências.

Depois expostas ao sol as flores são retiradas e a água energizada se transforma em essência-mãe (concentrada), misturada com 50% de conhaque. Alguns sintonizadores florais brasileiros estão usando cachaça orgânica, quando tem certeza de sua origem e fabricação. A essência-mãe deve ser preparada no local onde foram colhidas as flores e solarizadas.

Além do método solar, existem ainda os métodos de cocção e lunar. Na cocção, corta-se a flor sem tocá-la, de forma que ela cai diretamente dentro de uma panela esmaltada, já com dois terços com água pura da fonte. Ali mesmo a água é fervida num fogareiro a gás, com a panela destampada por 30 minutos. Depois se adota a mesma seqüência do método solar. O sistema lunar consiste em expor determinadas flores à luz da lua cheia, para captação de energia. A escolha de um ou outro método depende da característica de cada espécie de flor.

Para chegar aos kits florais distribuídos hoje pelo mundo todo, eles são armazenados em frascos e estocados, acrescentando-se duas gotas da essência-mãe a uma mistura de 50% de água mineral e 50% de conhaque ou cachaça.

Para ser usado como medicamento, ele deverá novamente ser diluído em 70% ou 80% de água mineral com 30% ou 20% de conhaque ou cachaça. Embora a quantidade de álcool ingerida a cada dose seja mínima, aconselha-se a substituí-lo por vinagre de frutas (maça ou sidra) para crianças, diabéticos e alcoolistas. Depois de manipulada a essência tem validade por seis meses.

O que se extrai da flor é o seu padrão vibratório, por isso os florais podem ser prescritos para qualquer pessoa em qualquer faixa etária, inclusive bebês e gestantes, por não conterem substâncias químicas em sua composição.

Recomenda-se dose mínima de 4 gotas, ingeridas 4 vezes ao dia, pingadas diretamente na língua, ou sublingual, pois se acredita que o efeito é mais rápido. As gotinhas podem ainda ser diluídas em água, suco ou leite.

Algumas fórmulas são também indicadas para animais e plantas. Para os animais, o floral pode ser misturado na água e para as plantas na água da rega. É possível pulverizar essências florais nos ambientes da casa ou trabalho, para maior harmonia, depois de diluídas em água ou álcool de cereais. É também excelente para limpar as mãos de vírus e bactérias, principalmente para quem trabalha em contato com pessoas doentes.

Os remédios florais, tanto do Dr. Bach como aqueles que surgiram depois, constituem um método simples e natural de cura que atua sobre o estado emocional das pessoas e não sobre as doenças físicas. Eles harmonizam e equilibram a personalidade, reagindo contra estados de ânimo negativos, como irritação, medo, sentimentos de culpa, orgulho, ódio, etc., que o Dr. Bach considerava serem a causa real das doenças e da infelicidade.


O que são os Remédios Florais do Dr. Bach?

É um conjunto de remédios formando um sistema médico cujo princípio básico diz que a enfermidade é o resultado de um desequilíbrio emocional que altera o campo energético das pessoas. Se o desequilíbrio emocional persistir, acabará por provocar alterações no corpo físico. Esse conceito também está presente nas medicinas ligadas às tradições milenares, como as medicinas chinesa, hindu, islâmica, etc. É um conceito que, também, pode ser explicado pela Física moderna. Em qualquer sistema do universo – e nós somos sistemas do universo – há uma relação íntima entre energia e matéria. Quando a energia de um sistema está alterada – seja esse sistema um rádio, um gato, um homem ou uma árvore -, todo o sistema terá seu funcionamento alterado:

Se a pilha está fraca – o rádio funciona mal;
Se você está sem pique, sem disposição, sem energia, você não faz o que poderia fazer normalmente com a sua vida.
Se tivermos um aparelho funcionando com uma “carga” inadequada, ele “pifa”. Imaginemos um homem desequilibrado energeticamente; depois de algum tempo, ele poderá estar doente. Da mesma forma, se alguém leva um susto muito grande poderá, a partir daí, ter palpitações a qualquer susto de menor intensidade. As medicinas tradicionais compreendem uma relação entre todas as partes do homem: o corpo, a energia, a mente, as emoções. E tratam a doença como uma alteração do conjunto. Conseqüentemente, o restabelecimento da saúde exige a integração harmoniosa de todos os planos de manifestação da vida. Os florais agem sobre os estados emocionais de homens e animais, como também sobre as atividades vitais das plantas.

Muitas vezes, somos agredidos em nossas emoções e passamos, em função da nossa sensibilidade agredida, a reagir de forma diferente. A mudança de estação, ou da posição de uma planta em sua casa, pode afetar a sua beleza e até levá-la à morte. O agente curativo deverá atuar sobre as causas e não sobre os efeitos, ou seja, corrigindo o desequilíbrio emocional no campo energético. Os florais provocam reações energéticas, físicas e psíquicas, em indivíduos, animais e plantas. Sua ação pode durar de horas a dias, dependendo da sensibilidade do indivíduo. E essa ação é tão suave que, freqüentemente, a pessoa não atribui, na prática, a mudança de atitude ao remédio. Podem surgir sonhos, sensações e impressões que trazem à tona os desequilíbrios e as emoções mais profundas que os causam. Pode acontecer da pessoa não entender ou aceitar mal essa mobilização e essas reações e, em vez de solucionar esses processos na consciência, desviá-los para o corpo. Então, corremos o risco de apresentar reações físicas ou psíquicas como insônia, agitação, febre, raiva, irritabilidade, cuja identificação e manejo requerem ajuda profissional. Os florais trazem, sem dúvida, maior consciência dos próprios processos psíquicos e, consequentemente, alterações de conduta. Por exemplo: a inveja se transforma em admiração, o medo em atenção, a insegurança em cuidado, o ódio em amor, etc. Embora Edward Bach tenha proposto a automedicação, e esta seja possível na grande maioria dos casos, o bom senso recomenda principalmente nos casos de desequilíbrio intenso (onde corremos o risco de ter doenças agudas ou crônicas graves) a busca de ajuda de um profissional habilitado a prever, identificar e manejar as possibilidades de evolução de cada indivíduo. Se você sentir necessidade de ajuda, a atitude mais prudente é procurá-la. Aliás, isto vale para qualquer momento ou situação de sua vida. Os florais atuam da superfície para a profundidade. A partir de estados conscientes, afloram estados inconscientes. Todos nós temos um lado inconsciente; se fôssemos capazes de reconhecê-lo, sem dúvida ele não se chamaria inconsciente e, sim, consciente. Freqüentemente, uma pessoa com muita raiva toma um remédio como o Holly e, quando a raiva se acalma, por trás dela aparece outro sentimento que estava inconsciente, como um medo ou uma sensação de incapacidade para realizar algum desejo que, contrariado, evolui para raiva. Aí passaríamos a trabalhar com esse novo sintoma que apareceu.


Rejane Woltz Barbisan
Terapeuta Floral
Obras de referência:
Plantas Medicinais
Dr. E. A. Maury C. de Rudder
A Doença como Símbolo
Rüdiger Dahlke

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