terça-feira, 13 de abril de 2010

Mamãe, cuidado com o açúcar!

A gestação é, sem dúvidas, um dos momentos mais esperados pelas mulheres. Durante os nove meses todo o cuidado é pouco. O ritmo de trabalho diminui e o cardápio muda completamente.

O medo de engordar e não reconquistar a boa forma após o nascimento do bebê é preocupação constante entre as futuras mamães. A primeira atitude comum é cortar o açúcar e substituí-lo por adoçantes com menos calorias.

Mas, essas escolhas podem estar erradas. De acordo com a nutricionista, Elaine Rocha de Pádua, o uso indiscriminado do adoçante pode causar sérias consequências, inclusive para o bebê. “Os adoçantes podem ser naturais ou sintéticos. Ambos devem ser utilizados com cautela, principalmente no primeiro trimestre da gestação, para que se evite a possibilidade de efeitos causadores de má-formação no bebê”.

As piores opções para a gestante são os adoçantes artificiais à base de sacarina e ciclamato de sódio. São populares, principalmente, pelo preço baixo, mas, apresentam risco potencial de acordo com especialistas.

Veja os adoçantes mais populares e suas possíveis consequências:

Sacarina
Derivado da naftalina, foi o primeiro adoçante a ser descoberto. Adoça 400 vezes mais que o açúcar, apesar de seu sabor altamente amargo. Possui substâncias que podem ser metabolizadas e, assim, atravessa a placenta e chega ao feto. Estudos comprovam que, nesses casos, a substância é encontrada no cordão umbilical. Além disso, incide na elevação da pressão arterial e é excretada no leite da mamãe.

Ciclamato de sódio
Quando associado à sacarina tem agradável sabor. Adoça de 30 a 140 vezes mais que o açúcar. Pode atravessar a placenta e lesionar o cérebro do feto. Tem também o poder de aumentar o nível plasmático materno em 25%. Nos Estados Unidos o ciclamato é proibido.

Aspartame
Apesar de menos valor calórico (4kcal/g), contém fenilalanina e ácido aspártico, quando as duas substâncias são metabolizadas se tornam altamente tóxicas e podem diminuir os níveis de serotonina do cérebro. Por isso, traz riscos de lesões no sistema nervoso do bebê, já que ele capta cinco vezes mais o adoçante do que a mamãe. Adoça de 180 a 220 vezes mais que o açúcar. Além disso, não é indicado para pessoas hipertensas e pode causar graves crises de enxaqueca.

Sucralose
Mais moderno, é da segunda geração de adoçantes e não é metabolizado. Adoça 600 vezes mais que o açúcar, além de ser isento de calorias. Não apresenta riscos de intoxicação ao feto e problemas neurológicos.

Independente da composição, a quantidade de adoçantes que usamos deve ser levada em consideração. “Atenção ao uso contínuo e exagerado. Temos que nos lembrar que, além do consumo dos adoçantes, os componentes são encontrados em diversos produtos diet e light”, conclui Elaine.

Você sabia?
Quando os adoçantes são ingeridos eles não substituem o açúcar para o nosso cérebro, ou seja, não indicamos aos neuroreceptores cerebrais o consumo de açúcar, portanto, não satisfaz a necessidade do cérebro. Por isso, muitas pessoas tem compulsão por doces.

Texto de Ariane Camilla
Fonte: Site UOL - Ciência e Saúde.

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